O Governo Federal já acumula grande conhecimento em migrações de sistemas legados para software livre. A experiência ensina o que fazer (e não fazer) para adotar com sucesso os softwares abertos.
Todas as instituições que começaram suas migrações desde 1999, tais como a Dataprev e a Marinha, ainda convivem com o desafio de superar o entrave dos sistemas legados de domínio institucional. Isso também se repete nos órgãos que começaram sua migração no primeiro mandato do atual governo, tais como o Serpro, a Embrapa, o ITI, os Correios, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e diversos Ministérios. Esses sistemas são relativos às soluções corporativas desenvolvidas há bastante tempo, em ambiente proprietário, com padrões fechados e com elevado grau de maturidade, tanto na utilização dos usuários como em sua manutenção. Embora exista um maior domínio institucional dos sistemas, estes, em sua maioria, são mais complexos e custosos para serem migrados.
O panorama encontrado na Administração Pública Federal, no contexto da elaboração de planos de migração para tratamento dos legados, aponta os seguintes passos como as ações mais adequadas para a realização de migração dos sistemas proprietários para software livre:
i) Estabelecer um ciclo de diagnóstico onde se realiza um mapeamento dos sistemas legados utilizados pelo usuário, tanto os sistemas internos quanto os adquiridos externamente;
ii) Consolidar as informações coletadas no mapeamento (em planilhas ou banco de dados), ordenando os usuários e sistemas segundo aptidão para realizar determinada rota de migração: estações, servidores, serviços e sistemas;
iii) Classificar os sistemas de acordo com os seguintes itens: grau de complexidade, domínio institucional, recursos envolvidos para migração e se os mesmos se tratam de um nó de migração;
iv) Identificar as possibilidades de migração de acordo com critérios técnicos pré-estabelecidos para o ambiente: aplicativos proprietários com similar livre sem perda de funcionalidades básicas, menor quantidade de aplicativos proprietários ativos, menor micro-legado, menor macro-legado, menor quantidade de nós de migração, etc.
v) Estabelecer os estágios tecnológicos que serão alcançados por cada sistema: adoção de padrões abertos, operação multiplataforma, interoperabilidade, parte de funcionalidades em software livre, migração parcial ou total.
vi) Definir o cronograma de execução das ações de migração, conjugando os critérios pré-estabelecidos com os estágios tecnológicos descritos acima, bem como a preparação técnica da equipe.
Fonte: http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/05/01/migracao-planejada-software-livre-e-os-sistemas-legados/
Artigo Final
Há 16 anos
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